Pão de Açúcar, Cataratas do Niágara, Taj Mahal, Muralha da China… O mundo está cheio de lugares muito intrigantes que reúnem milhares de turistas todos os anos – para deleite dos viajantes e dos governos, que lucram bastante com os visitantes. Porém, também existem vários locais que terão que ficar só na nossa imaginação, tudo baseado nos poucos relatos dos sortudos que puderam explorar terras proibidas ao restante da população. Nós listamos alguns destes pontos cheios de história e mistérios. Confira:
Fonte: HypeScience
11. Cavernas de Lascaux: um complexo de cavernas famoso por suas pinturas rupestres do Paleolítico (França)
As Cavernas de Lascaux compõem um complexo no sudoeste da França e seu nome corre o mundo por causa de suas paredes, repletas de pinturas rupestres paleolíticas. Elas contêm 900 dos exemplos sobreviventes mais perfeitos da arte do Paleolítico Superior. A estimativa é de que estas pinturas tenham 17.300 anos de idade. Elas consistem principalmente em imagens de animais de grande porte, a maioria dos quais são conhecidos a partir de evidências fósseis que mostram quais bichos habitavam a região na época.
As cavernas, que foram proibidas ao público desde 1963, têm sido ameaçadas nos últimos anos por uma série de inexplicáveis, e apenas parcialmente controladas, invasões fúngicas. Qualquer presença humana nas cavernas é considerada como potencialmente destrutiva. Normalmente, elas são visitadas apenas uma vez por semana por um guarda de segurança e a inspeção dura apenas alguns minutos a cada vez.
Em 1979, Lascaux foi adicionada à lista do Patrimônio Mundial da Unesco, juntamente com outros sítios pré-históricos do Vale do Vézère, na França.
10. Poveglia: uma ilha suspeita de ser assombrada (Itália)
Poveglia é uma pequena ilha situada entre Veneza e Lido, na Lagoa de Veneza, norte da Itália. Durante séculos, Poveglia tem sido um refúgio, uma fortaleza, um lugar de exílio e um depósito de doentes e mortos.
Em 1348, a peste bubônica chegou a Veneza, e Poveglia, como muitas outras pequenas ilhas, tornou-se uma colônia de quarentena. Temendo a propagação desenfreada da doença, Veneza exilou lá muitos de seus cidadãos que apresentavam sintomas do mal. No centro da ilha, os mortos e moribundos – que foram confundidos com corpos mortos – foram queimados em piras gigantes. Estes incêndios iriam iluminar o céu italiano mais uma vez em 1630, quando a peste negra novamente varreu a cidade.
No século XX, a ilha foi novamente usada como uma estação de quarentena, contudo, em 1922, os edifícios existentes foram convertidos em um hospital para doentes mentais. Isso durou até 1968, quando o hospital foi fechado e a ilha mais uma vez tornou-se desabitada.
Lendas de assombrações pelas vítimas da peste e da guerra cercam o local, assim como o suposto fantasma de um médico louco da instituição mental que massacrava e torturava pacientes.
Atualmente, o lugar está fechado para moradores e turistas. Nos últimos anos, equipes de construção italianas tentaram restaurar o antigo prédio do hospital, mas, inesperadamente, pararam as obras sem dar motivo.
9. Os Arquivos Secretos do Vaticano: o prédio que só pode ser acessado por algumas pessoas
Os Arquivos Secretos do Vaticano, localizado na Cidade do Vaticano, é o repositório central de todos os atos promulgados pela Santa Sé. A entrada para o edifício dos Arquivos é adjacente à Biblioteca do Vaticano da Piazza de São Pedro. Os arquivos também contêm os documentos de Estado, correspondências, livros de contas papais e muitos outros documentos que a Igreja tem acumulado ao longo dos séculos. No século XVII, sob as ordens do Papa Paulo V, os Arquivos Secretos foram separados da Biblioteca do Vaticano, na qual estudiosos tinham algum acesso limitado a eles, e mantiveram-se absolutamente fechados a pessoas de fora até 1881, quando o Papa Leão XIII reliberou os documentos a pesquisadores, mais de mil dos quais agora os examinam a cada ano.
O uso da palavra “secreto” no título “Arquivos Secretos do Vaticano” não denota o significado moderno de confidencialidade. Seu significado é mais próximo ao da palavra “privado”, o que indica que os arquivos são de propriedade pessoal do Papa e não pertencem a nenhum departamento específico da Cúria Romana ou da Santa Sé. A palavra “segredo” era geralmente usada neste sentido em frases como “servos secretos”, “copeiro secreto”, “escultor secreto”, ou “secretário”, no sentido de estarem em uma posição estimada de honra e respeito comparável a um VIP.
Em outras palavras, você pode visualizar qualquer documento que deseje, pois os arquivos não são secretos, apesar de seu nome. No entanto, você não pode entrar nos Arquivos. Você deve enviar o seu pedido de um documento e ele será fornecido a você.
A estimativa é de que os Arquivos Secretos do Vaticano tenham 84 km de prateleiras e há 35 mil volumes apenas no catálogo seletivo. Os únicos documentos que você não pode acessar são aqueles que ainda não têm 75 anos de idade (a fim de proteger informações governamentais e diplomáticas).
8. Igreja de Nossa Senhora Maria de Zion: lar de um objeto bíblico importante, que apenas um religioso tem acesso (Etiópia)
A Igreja de Nossa Senhora Maria de Zion é encontrada na Etiópia e seu acesso é impossível porque afima-se que ela contém um dos objetos bíblicos mais importantes. E se você está sonhando com o famoso Santo Graal, não é nada disso. O templo abriga a Arca da Aliança original, que segundo a tradição chegou à Etiópia com Menelik I depois de ele ter visitado o seu pai, o rei Salomão.
Devido à santidade e relevância da arca, só um monge especialmente escolhido tem o privilégio de entrar no local e ninguém mais está autorizado a colocar os olhos sobre ele.
7. O Museu Nacional da Educação de Segurança de Jiangsu: estrangeiros são proibidos neste museu de espionagem (China)
O Museu Nacional da Educação de Segurança de Jiangsu, na China, é o lar de documentos ultrassecretos sobre a história da espionagem do país. Há uma grande variedade de arquivos e aparelhos que datam desde 1927, quando o Comitê Central do Departamento de Espionagem do Partido Comunista foi fundado, até a década de 1980. Há também uma coleção de pequenas pistolas, armas disfarçadas de batom, câmeras em miniatura, escutas escondidas, moedas ocas utilizadas para esconder documentos e mapas escondidos em baralhos de cartas.
As pessoas são autorizadas a entrar, mas elas têm que ser chinesas, pois o governo não quer que tais informações detalhadas sejam expostas aos estrangeiros. Em outras palavras, você só pode acessá-lo se você for cidadão da República Popular. No entanto, nenhuma fotografia é permitida dentro do museu, mesmo se você for chinês.
6. Niihau: uma exótica ilha havaiana que busca preservar a sua cultura indígena e vida selvagem (Estados Unidos)
Niihau é a sétima maior das ilhas havaianas habitadas. O local não tem estradas pavimentadas. Não há lojas, nem restaurantes. Não existe eletricidade ou água encanada. Por outro lado, Niihau tem a única escola no Havaí – e, talvez, a única no país inteiro – que depende inteiramente de energia solar para a utilização de aparelhos elétricos.
Elizabeth Sinclair comprou Niihau em 1864 do Reino do Havaí. Desde então, a propriedade privada foi passada para seus descendentes, a família Robinson.
Em 1915, o neto de Sinclair, Aubrey Robinson, fechou a ilha para a maioria dos visitantes com o objetivo de preservar a sua cultura indígena e a vida selvagem. Mesmo os parentes dos habitantes poderiam visitá-la apenas com permissão especial.
Hoje, a ilha está geralmente fora dos limites para todos, exceto os parentes dos donos do lugar, os nativos, o pessoal da Marinha dos EUA, funcionários do governo e convidados. Há passeios de helicóptero muito raros para a ilha para que você possa passear ao longo de uma das praias, entretanto, chegar perto dos habitantes locais é estritamente proibido.
5. Pine Gap: único lugar da Austrália designado como “proibido”
Pine Gap é o nome mais comumente usado para designar uma estação de rastreamento via satélite aproximadamente 18 quilômetros a sudoeste da cidade de Alice Springs, no centro da Austrália. O local é operado pela Austrália e pelos Estados Unidos.
A instalação consiste em um grande complexo de computadores com 14 redomas que protegem a antenas. O complexo tem mais de 800 funcionários.
A localização é estrategicamente importante porque controla os satélites espiões norte-americanos que passam sobre a China, partes da Rússia e os campos de petróleo do Oriente Médio. Austrália central foi escolhida porque era remota demais para que navios espiões passando em águas internacionais pudessem interceptar o sinal emitido na estação.
4. Centro de Pesquisa Nuclear de Negev: uma instalação nuclear no deserto (Israel)
O Centro de Pesquisa Nuclear de Negev é uma instalação nuclear israelense localizada no deserto de Negev, a cerca de 13 km a sudeste da cidade de Dimona, em Israel. Sua construção começou em 1958, com auxílio francês, segundo os acordos do Protocolo de Sèvres.
Informações sobre a instalação permanecem altamente classificadas, sendo que apenas funcionários de alto calão têm acesso a elas. Porém, em 1986, Mordechai Vanunu, um ex-técnico em Dimona, fugiu para o Reino Unido e revelou para a mídia algumas evidências do programa nuclear de Israel. Ele também explicou o propósito de cada edifício, revelando uma instalação subterrânea ultrassecreta diretamente abaixo da instalação.
Em janeiro de 2012, a imprensa informou que a Comissão de Energia Atômica de Israel tinha decidido, pelo menos temporariamente, desligar o reator do centro de pesquisa. A vulnerabilidade do local para ataques iranienses foi citada como a principal razão para a decisão. Em outubro e novembro de 2012, foi relatado que o Hamas teria disparado foguetes contra Dimona (preferencialmente no Centro de Pesquisa Nuclear de Negev), mas as instalações não teriam sido prejudicadas ou danificadas em nenhuma das tentativas.
É claro que o espaço aéreo sobre o Centro é fechado para todas as aeronaves. Eles também implementaram medidas necessárias para prevenir a entrada não autorizada, por isso a área ao redor é fortemente vigiada e cercada.
3. Grande Santuário Ise: o mais santo e mais importante santuário no Japão
Grande Santuário Ise, no Japão, é um santuário xintoísta dedicado à deusa Amaterasu-ōmikami. Conhecido comunmente por Jingu, o local consiste em dois santuários principais e cerca de 125 santuários suplementares.
O santuário é um dos locais mais sagrados e mais importantes do Xintoísmo. O acesso ao lugar é estritamente limitado. A única pessoa que pode entrar é o sacerdote ou sacerdotisa, que deve ser um membro da família imperial japonesa. O público em geral está autorizado a ver pouco mais do que os telhados de colmo das estruturas centrais, que estão escondidas atrás de quatro cercas altas de madeira.
A cada vinte anos, os dois edifícios principais dentro da Ise Jingu são demolidos e recriados. Os santuários que são reconstruídas são Naiku, ou o “Santuário interno”, e Geku, ou o “Santuário externo”. Estes, assim como outras partes do complexo que sofrem qualquer reconstrução, são remontados de acordo com os planos originais do projeto, que data de mais de 1.000 anos atrás. Esta tradição de reconstrução é parte da crença do Xintoísmo na transitoriedade da vida e da renovação que se segue à morte. É também uma maneira inestimável de passar técnicas de construção antigas de uma geração para a seguinte.
2. Ilha das cobras: a reserva natural perigosa e escondida no litoral paulista (Brasil)
A Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) das Ilhas Queimada Grande e Queimada Pequena fica a cerca de 35 km do litoral de São Paulo. De visitação proibida, o local recebeu esse nome por causa do hábito de antigos pescadores da região atearem fogo à mata costeira para afugentar as serpentes que ali vivem e, então, poderem desembarcar na costa.
Apesar do hábito ter sido extinto e do lugar ter se transformado em um refúgio para a vida marinha – não é pouco frequente que pinguins sejam avistados na região, que também é morada de peixes das mais variadas cores -, não dá para culpar tanto assim os tais pescadores. Queimada Grande também é conhecida como Ilha das Cobras, por ser um serpentário natural. Atualmente, as estimativas são de que a população seja de cinco serpentes-ilhoa por metro quadrado, uma das espécies mais venenosas do mundo.
Apenas cientistas são autorizados a entrar na ilha, porém, o mergulho não predatório é permitido (caça submarina e a pesca também são proibidas num raio de 1 km). As águas cristalinas permitem uma experiência e tanto aos mergulhadores, que ainda podem observar dois naufrágios de navios mercantes na face Oeste da ilha. Tudo isso, contudo, sem colocar os pés em terra firme.
1. Metro-2: suposto sistema de metrô secreto (Rússia)
O Metro-2, em Moscou, Rússia, é o nome informal para um suposto sistema subterrâneo de metrô, que seria paralelo ao Metrô Público de Moscou. O sistema aparentemente foi construído, ou pelo menos começou a ser construído, durante a época de Joseph Stalin e recebeu o codinome D-6 pela KGB. Ele ainda seria operado pelo Diretório Principal de Programas Especiais e pelo Ministério da Defesa russos.
Há rumores de que a extensão do Metro-2 excede a do metrô público. Afirma-se que ele teria quatro linhas que se encontram de 50 a 200 metros de profundidade. A função seria conectar o Kremlin com o quartel-general do Serviço Federal de Segurança (FSB), o aeroporto do governo em Vnukovo-2 e uma cidade subterrânea no Ramenki, além de outros locais de importância nacional.
Em 1994, o líder de um grupo de exploração urbana, os Diggers of the Underground Planet (em tradução livre, os Escavadores do Planeta Subterrâneo), afirmou ter encontrado uma entrada para este sistema subterrâneo. Além disso, existem narrativas contadas por pessoas que garantem ter ajudado a construir o Metro-2 e exploradores urbanos que afirmam ter “visto” o Metro- 2.
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